sábado, 27 de setembro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Povo Fala MesmO !

Olá senhores, como vão?
Eu quase sem tempo pra respirar nesse dia de sol chuvoso.
Bom tô passando aqui só porque é um post que merece mesmo ser postado.. rs
Entrei no msn agora e me deparo com um lindo texto falando da minha pessoa.
Resolvi dividir com vocês as belas palavras lidas hoje...
Então lah vai..


"Pq o Maycol, q conversa comigo todo dia, que fez fala coisas bunitinhas pra mim, é a melhor das companias do msn , que me atura o dia inteiro, que me faz rir, me alegra sempre é o Maycol mais lindo que já conheci e esse Maycol que apesar de morar longe só está longe fisicamente pq mentalmente tá aki do meu lado me provocando até eu ir dormir e continuar com esse Maycol nos meus sonhos que poderiam ser eternos pq o Maycol que aparece nesses sonhos faz com que eu me sinta um cara com o melhor coração do mundo!"

Bom quero mandar bjão para o autor desse texticulo e também pra moça que comentou no post anterior do "tal" do amor.
Dexa eu ir que o tempo tah curtoo..
Bom final de semana !
BJos

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Tal do Amor !

Hoje resolvi como a muito não fazia sentar e escrever o que bem vier aqui nessa mente confusa. Eu há algum tempo, talvez um vasto e longo e doloroso e aprendido tempo, tenho tido sérios problemas com certo sentimento chamado por vocês humanos de: amor. Há, coisa difícil de viver, de lidar, de se aprender.
Depois de doces e cruéis tentativas vejo que o amor não é mesmo pra mim. Dirão os insistentes: mas você ainda está novo. E eu sem respostas prontas pensarei comigo mesmo: Amor não tem idade e quanto a gente decide não amar mais, mesmo ainda menino, a gente sofre, a gente sangra, a gente chora, mas a gente não ama. Nunca mais, mesmo sendo nunca uma palavra forte e curta demais pra um futuro incerto e longo.
Amo é dependência, é necessidade. A gente se apega a um alguém muitas vezes nunca visto antes como se essa fosse a nossa última esperança de vida, como se esse alguém fosse.. fosse.. É amor não é pra mim. Talvez não porque eu me ame tanto e tenha um ego gigantesco a ponto de não suportar me dividir com outro alguém, mas talvez porque amar exige esforços, exige atenção.

Há cansei.. Isso não é pra mim e pronto!
Como dizia Caio Fernando Abreu: Amor é falta de QI!
E como repito diariamente: Eu prefiro ser inteligente!

Beijos Senhores !

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Tal TiO - Tal sObrinHO !


"Escrever, raciocinei idiotamente, não era como andar de bicicleta nem como fazer sexo, meu bem. A gente desaprende, enferruja, entorpece. Crise geral."

(Onde Andará Dulce Veiga?)
CAIO FERNANDO ABREU

sábado, 6 de setembro de 2008

O começo de um novo sete !

Olá senhores, ando meio ausente das minhas atividades neste rascunho da minha vidinha civilizada. Há tantas coisas acontecendo, semana de provas na faculdade, eventos culturais. Enfim, uma certa falta de tempo que me consome as horas.
Mas juro essa semana atualizar sempre o bloguenho.

Bom, hoje começou (até que enfim) meu Curso de Cinema Digital.
Serão seis meses de muita coisa boa, muita vontade de aprender.
Daqui uns dias espero poder postar aqui um curta bem produzido, bem dirigido, e o mais legal, feito por mim e pela galera gente boua que está entrando nessa nova onda de tentar fazer cinema.

Para que o post de hoje não fique apenas um diárinho banal vou postar aqui o inicio de um texto que começei a escrever esa semana. Tenho todas as palvras aqui, tudo o que quero escrever, só não terminei porque quero escrevê-lo com calma.
Então lá vai...



Eram exatamente 7 horas da manhã de uma sexta feira, mais precisamente 7 de Julho. O despertador tocava uma balada sirene pela sétima vez até que ele acordara. Sete que para ele era um número de sorte, e por isso ele vinha se prometendo a meses que naquela data em que completaria seus 20 anos de idade ele se refaria, mudaria seus ódios, tomaria para si novas atitudes, desejaria mais e com mais voracidade lutaria pelos sonhos, os amores mau cuidados e correria atrás de todas as esperanças perdidas ao longo daquela idade que lhe pesava a alma. Sentou-se na cama, e se concentrou muito naquilo que estava por vir, então repetiu sete vezes – que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, - como tinha aprendido com a literatura doce de Caio Fernando Abreu. Sempre em dias não comuns de prometida rotina louca ele refazia esse ritual de dragão. Depois podia partir confiante para fazer o que tinha de ser feito e lutar por tudo que tinha de ser conquistado.
Como de costume em todas as manhãs, escovou os dentes e entrou debaixo do chuveiro. Aquela água fria Le escorria o corpo, tomava-lhe os formatos não muito definidos de seus músculos, e levava embora aquele suor barato e grudento que lhe tinha impregnado a noite toda os lençóis e alma. Ele ensaboava cada centímetro de pele clara como se aquele fosse um ...



Senhores, sei que deve ter dado aquela vontade de saber o final, feliz ou não, dessa história de sete faces. Mas é isso, logo vocês saberão.
Bom final de semana pra todos!

(ai amanhã tem show do "O Teatro MágicO"!)

Cuidem-se!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Eu pra sempre em Caio F. e Caio F. Pra sempre em Mim !


QUANDO SETEMBRO VIER

De tão azul, o céu parecerá pintado. E nós embarcaremos logo rumo à ilhas Cíclades.
Houvesse cortinas no quarto, elas tremulariam com a brisa entrando pelas janelas abertas, de manhã bem cedo. Acordei sem a menor dificuldade, espiei a rua em silêncio, muito limpa, as azaléias vermelhas e brancas todas floridas. Parecia que alguém tinha recém pintado o céu, de tão azul. Respirei fundo. O ar puro da cidade lavava meus pulmões por dentro. Setembro estava chegando enfim.

Na sala, encontrei a mesa posta para o café — leite e pão frescos, mamão, suco de laranja, o jornal ao lado. Comi bem devagarinho, lendo as notícias do dia. Tudo estava em paz, no Nordeste, no Oriente Médio, nas Américas Central, do Norte e do Sul. Na página policial, um debate sobre a espantosa diminuição da criminalidade. Comi, li, fumei tão devagarinho que mal percebi que estava atrasado para o trabalho. Achei prudente ligar, avisando que iria demorar um pouco.

A linha não estava ocupada. Quando o chefe atendeu, comecei a contar uma história meio longa demais, confusa demais. Só quando ele repetiu calma, calma, pela terceira vez, foi que parei de falar. Então ele disse que tinha acabado de sair de uma reunião com os patrões: tinham decidido que meu trabalho era tão bom, mas tão bom que, a partir daquele dia, eu nem precisava mais ir lá. Bastava passar todo fim de mês, para receber o salário que havia sido triplicado.
Desliguei um pouco tonto. Então, podia voltar a meu livro? Discreta e silenciosa como sempre, a empregada tinha tirado a mesa. No centro dela, agora, sobre uma toalha de renda branca, havia rosas cor de chá, aquelas que Oxum mais gosta. No escritório, abri as gavetas e apanhei a pilha de originais de três anos, manchados de café, de vinho, de tinta e umas gotas escuras que pareciam sangue. Reli rapidamente. E a chave que faltava, há tanto tempo, finalmente pintou. Coloquei papel na máquina, comecei a escrever iluminado, possuído a um só tempo por Kafka, Fitzgerald, Clarice e Fante. Não, Pedro não tinha ido embora, nem Dulce partido, nem Eliana enlouquecido. As terras de Calmaritá realmente existiam: para chegar lá, bastava tomar a estrada e seguir em frente.

Escrevi horas. Sem sentir, cheio de prazer. Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora. Os passaportes estavam prontos, nos encontraríamos no aeroporto: São Paulo/Roma/Atenas, depois Poros, Tinos, Delos, Patmos, Cíclades. Leve seu livro, disse. Não esqueça suas partituras, falei. Olhei em volta, a empregada tinha colocado para tocar A sagração da primavera, minha mala estava feita. Peguei os originais, a gabardine, o chapéu e a mala. Então desci para a limusine que me esperava e embarquei rumo a...
PS — Andaram falando que minhas crônicas estavam tristes demais. Aí escrevi esta, pra variar um pouco. Pois como já dizia Cecília/Mia Farrow em A cor púrpura do Cairo: “Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer? Agente não pode ter tudo na vida...” Fred e Ginger dançam vertiginosamente. Começo a sorrir, quase imperceptível. Axé. E The End.

CaiO F. Abreu


Olá senhores, simples mas profunda essa crônica.
Nada melhor que saldar Setembro, que chegou hoje, com um texto de Caio.
Setembro que não sei se sabem vocês é o mês de aniversário de Abreu.
Então durante todos esses próximos 30 dias vocês verão aqui algumas simples e singelas homenagens a Caio.

Que pra todos nós Setembro seja doce, o mês perfeitos dos céus pintados de um azul real.
The End.

Maycoll Silveira