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"Só agora eu sinto que a minhas asas eram maiores que as dele, e que ele se contentava com o ares baixos: eu queria grandes espaço, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero — ainda. Voar junto com alguém, não sozinho. Mas todos me parecem tão fracos, tão assustados e incapazes de ir muito longe. Talvez eu me engane, e minhas asas sejam bem mais frágeis que meu ímpeto. Mas se forem como imagino, talvez esteja fadado à solidão"
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Caio F.
domingo, 28 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Lápis de colorir vento!
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Olá meus senhores, como estão?
Por aqui anda tudo meio confuso.
Acho que parte dos senhores que se informa e andou passando aqui no blog por esses dias sabe bem o que anda acontecendo.
Eu prometo ainda vir aqui e esclarecer melhor as minhas opiniões e os meus sentimentos sobre tudo, mas ainda não consigo.
Vamos ao que interessa...
Hoje vou postar um texto que ganhei de presente de uma pessoa que eu admiro e gosto muito. Um cara que eu conheço não muito tempo, mas que parece meu amigo de infância. O texto foi presente por que foi o primeiro escrito por ele depois da minha “influencia Caio Fernando Abreu” sobre a sua obra literária.
Então ficam aqui os meu mais puros e coloridos agradecimentos a Rafael pela delicadeza e pela magnífica literatura que ele tem feito.
Aos que nunca bocejam
Falam por aí, em ruas limpas e cidades vizinhas, que houve uma vez em que um garoto partiu numa jornada pra ver o vento. Sentir o vento ele podia sempre, mas queria um contato mais exato do que o bagunçar dos cabelos.
Na manhã úmida, o garoto preparou uma mochila cheia de coisas sem cor, perdidas entre canções que aprendera gostar a pouco, vindas dos fones de ouvido. Não contou pros pais sobre a viagem, mas muitos amigos foram privilegiados com a história.
Quando saiu de casa, deixando uma quebra de ritmo em sua vida planejada, viu o azul bonito do céu e os algodões fazendo as vezes de nuvens, tentando imitar formas conhecidas. Sentiu o vento passar-lhe de leve, plastificou um sorriso durável última geração e foi.
Tomou um ônibus, outro, mais um. Perdido em malhas rodoviárias de asfalto preto, viu casas, prédios, grama. O céu, o tempo todo. Sempre com a janela aberta, sentindo a ventania forte compassada com o ritmo frenético da ansiedade. Não estava sozinho, mesmo a poltrona ao lado estando vazia.
A espera milenar do ônibus que não chegava veio a calhar: colocou pensamentos em ordem, analisou decisões, refez os planos pra rimar com os seus. Trazia os sonhos pra somar aos seus.
Cantou baixinho aquela música verdinha, uma duas três vezes, quatro até.
Rabiscou alguma cor nos objetos descolores, mas não estava satisfeito. Um céu tão bonito, umas árvores de galhos tão distintos, e ele ali tentando em vão fazer um mundo colorido numa folha branca de papel amarrotado, justo quando mais via cor pela janela.
Sentiu o ônibus parar e o coração disparar. O medo freou-lhe a garganta, a voz sumiu. E se o vento não gostasse dele? E se não fosse bom o bastante? E se ele...
...esquecesse essas dúvidas infundadas? Quando viu o vento e sentiu-o envolvê-lo em um abraço desejoso de infinito, parou de pensar. Cérebro é coisa de gente sem cor.
E assim não viu o tempo passar. O vento tinha um cheiro que ele não identificava, que não trazia lembranças descolorantes, que não pertencia a passado incolor. Era a letra maiúscula do parágrafo seguinte.
O sorriso tinha se desplastificado e pintado uma nova coisa, que não pode chamar-se sorriso, no que desvalorizaria o que ela realmente é. Como dar nota dez pra uma prova nota onze.
Não queria que o vendaval terminasse, mas despedia-se de uma vida de verdade com a promessa de pintar a sua vida de mentira e aproximá-la do vento, que parecia tão incomum quanto era. Naquela época não sabia pra onde o vento ia e não se sentia no direito de sugerir.
Apenas foi.
FicaDica - Visitem o Blog´s do Rafa: http://cachecolog.blogspot.com/
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Olá meus senhores, como estão?
Por aqui anda tudo meio confuso.
Acho que parte dos senhores que se informa e andou passando aqui no blog por esses dias sabe bem o que anda acontecendo.
Eu prometo ainda vir aqui e esclarecer melhor as minhas opiniões e os meus sentimentos sobre tudo, mas ainda não consigo.
Vamos ao que interessa...
Hoje vou postar um texto que ganhei de presente de uma pessoa que eu admiro e gosto muito. Um cara que eu conheço não muito tempo, mas que parece meu amigo de infância. O texto foi presente por que foi o primeiro escrito por ele depois da minha “influencia Caio Fernando Abreu” sobre a sua obra literária.
Então ficam aqui os meu mais puros e coloridos agradecimentos a Rafael pela delicadeza e pela magnífica literatura que ele tem feito.
Aos que nunca bocejam
Falam por aí, em ruas limpas e cidades vizinhas, que houve uma vez em que um garoto partiu numa jornada pra ver o vento. Sentir o vento ele podia sempre, mas queria um contato mais exato do que o bagunçar dos cabelos.
Na manhã úmida, o garoto preparou uma mochila cheia de coisas sem cor, perdidas entre canções que aprendera gostar a pouco, vindas dos fones de ouvido. Não contou pros pais sobre a viagem, mas muitos amigos foram privilegiados com a história.
Quando saiu de casa, deixando uma quebra de ritmo em sua vida planejada, viu o azul bonito do céu e os algodões fazendo as vezes de nuvens, tentando imitar formas conhecidas. Sentiu o vento passar-lhe de leve, plastificou um sorriso durável última geração e foi.
Tomou um ônibus, outro, mais um. Perdido em malhas rodoviárias de asfalto preto, viu casas, prédios, grama. O céu, o tempo todo. Sempre com a janela aberta, sentindo a ventania forte compassada com o ritmo frenético da ansiedade. Não estava sozinho, mesmo a poltrona ao lado estando vazia.
A espera milenar do ônibus que não chegava veio a calhar: colocou pensamentos em ordem, analisou decisões, refez os planos pra rimar com os seus. Trazia os sonhos pra somar aos seus.
Cantou baixinho aquela música verdinha, uma duas três vezes, quatro até.
Rabiscou alguma cor nos objetos descolores, mas não estava satisfeito. Um céu tão bonito, umas árvores de galhos tão distintos, e ele ali tentando em vão fazer um mundo colorido numa folha branca de papel amarrotado, justo quando mais via cor pela janela.
Sentiu o ônibus parar e o coração disparar. O medo freou-lhe a garganta, a voz sumiu. E se o vento não gostasse dele? E se não fosse bom o bastante? E se ele...
...esquecesse essas dúvidas infundadas? Quando viu o vento e sentiu-o envolvê-lo em um abraço desejoso de infinito, parou de pensar. Cérebro é coisa de gente sem cor.
E assim não viu o tempo passar. O vento tinha um cheiro que ele não identificava, que não trazia lembranças descolorantes, que não pertencia a passado incolor. Era a letra maiúscula do parágrafo seguinte.
O sorriso tinha se desplastificado e pintado uma nova coisa, que não pode chamar-se sorriso, no que desvalorizaria o que ela realmente é. Como dar nota dez pra uma prova nota onze.
Não queria que o vendaval terminasse, mas despedia-se de uma vida de verdade com a promessa de pintar a sua vida de mentira e aproximá-la do vento, que parecia tão incomum quanto era. Naquela época não sabia pra onde o vento ia e não se sentia no direito de sugerir.
Apenas foi.
FicaDica - Visitem o Blog´s do Rafa: http://cachecolog.blogspot.com/
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Vale apena postar de novo..
Sentimentos Sujos
Ultimamente os sentimentos todos têm se misturados, doces e salgados, aqui dentro.A garganta dá um nó, a boca seca, os olhos brilham, as lagrimas rolam livre face abaixo, até molharem os pêlos curtos da barba não feita há dias.Ele olha o relógio, conta os números por ordem decrescente, e respira, mesmo sem querer viver, ele respira pra sentir o ar frio matando dentro do seu corpo aqueles anticorpos da vida.Um banho de chuveiro pra lavar os cabelos, como se quisesse que junto com a sujeira a água levasse todos aqueles sentimentos sujos que alojavam a sua mente congestionada de um sábado a tarde, de um dezembro meio nublado e de um fim de ano confuso. Ele queria tudo escorrendo ralo abaixo.Ensaiava em frente ao espelho. O bem, o mau, o colorido, o sorriso largo, a cara de pidão. Ele tinha mil faces, sabia atuar como nenhum outro ser, mas seus olhos castanhos te entregavam por inteiro. Por mais que ele tentasse, e olha que ele tentou meditação, samba, telefonema noturno, mas não tinha jeito. O seu ser era cheio por fora, mas por dentro uma escuridão solitária explodia em si, meio que uma vontade de não querer viver mais. Sua pupila era intensa, raio laser, luz de néon na madrugada, brilhante, seca, fria, profundamente o que ele escondia ser de todos.Lia história de príncipe encantado antes de dormir. Às vezes uma confusão sublime o perturbava, ele nunca se decidia entre querer ter um príncipe ou querer ser o príncipe. Ele era confuso sexualmente falando, mas sabia amar como ninguém. Há, o amor era o que lhe fazia inventar histórias, onde na maioria das vezes ele era o personagem principal, sem nome, sem endereço.
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Ultimamente os sentimentos todos têm se misturados, doces e salgados, aqui dentro.A garganta dá um nó, a boca seca, os olhos brilham, as lagrimas rolam livre face abaixo, até molharem os pêlos curtos da barba não feita há dias.Ele olha o relógio, conta os números por ordem decrescente, e respira, mesmo sem querer viver, ele respira pra sentir o ar frio matando dentro do seu corpo aqueles anticorpos da vida.Um banho de chuveiro pra lavar os cabelos, como se quisesse que junto com a sujeira a água levasse todos aqueles sentimentos sujos que alojavam a sua mente congestionada de um sábado a tarde, de um dezembro meio nublado e de um fim de ano confuso. Ele queria tudo escorrendo ralo abaixo.Ensaiava em frente ao espelho. O bem, o mau, o colorido, o sorriso largo, a cara de pidão. Ele tinha mil faces, sabia atuar como nenhum outro ser, mas seus olhos castanhos te entregavam por inteiro. Por mais que ele tentasse, e olha que ele tentou meditação, samba, telefonema noturno, mas não tinha jeito. O seu ser era cheio por fora, mas por dentro uma escuridão solitária explodia em si, meio que uma vontade de não querer viver mais. Sua pupila era intensa, raio laser, luz de néon na madrugada, brilhante, seca, fria, profundamente o que ele escondia ser de todos.Lia história de príncipe encantado antes de dormir. Às vezes uma confusão sublime o perturbava, ele nunca se decidia entre querer ter um príncipe ou querer ser o príncipe. Ele era confuso sexualmente falando, mas sabia amar como ninguém. Há, o amor era o que lhe fazia inventar histórias, onde na maioria das vezes ele era o personagem principal, sem nome, sem endereço.
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sábado, 20 de junho de 2009
Perdido no vazio de outro espaço
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Foi como se em dia de inverno gelado (aquele em que se faz mais frio) pegassem um balde de água gelada e jogassem em cima de todos os meus sonhos.
PS: A cada dia mais me recuso a viver em um país onde os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal acham que jornalistas são cozinheiros e que qualquer um tem capacidade de fazer da noticia o que bem entender. Eu só queria mudar de país, de continente, de planeta quem sabe!
Foi como se em dia de inverno gelado (aquele em que se faz mais frio) pegassem um balde de água gelada e jogassem em cima de todos os meus sonhos.
PS: A cada dia mais me recuso a viver em um país onde os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal acham que jornalistas são cozinheiros e que qualquer um tem capacidade de fazer da noticia o que bem entender. Eu só queria mudar de país, de continente, de planeta quem sabe!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Que tal fazer uma reportagem sobre a minha vida?
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Sim, eu sei que como estudante de jornalismo preciso falar alguma coisa aqui sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a obrigatoriedade do diploma do Curso de Jornalismo. Mas sinceramente, eu não consigo dizer nada demais, não agora. Nem com água ou conhaque essa gosma desce bem. Ainda vai demorar um tempo até que ela se dissolva. Difícil fase essa. Digestão!
PS: Parabéns a você caro leitor, que agora poder ser um jornalista sem ao menos ficar quatro anos estudando em uma faculdade por um diploma que tanto faz tanto fez nesse país filho de uma puta. (perdão pela expressão). Mas, fazer oque. Tudo anda tão banalizado mesmo!
Sim, eu sei que como estudante de jornalismo preciso falar alguma coisa aqui sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a obrigatoriedade do diploma do Curso de Jornalismo. Mas sinceramente, eu não consigo dizer nada demais, não agora. Nem com água ou conhaque essa gosma desce bem. Ainda vai demorar um tempo até que ela se dissolva. Difícil fase essa. Digestão!
PS: Parabéns a você caro leitor, que agora poder ser um jornalista sem ao menos ficar quatro anos estudando em uma faculdade por um diploma que tanto faz tanto fez nesse país filho de uma puta. (perdão pela expressão). Mas, fazer oque. Tudo anda tão banalizado mesmo!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
A paisagem vista da janela
Olá meus senhores, como estão?
Ah, tudo anda tão colorido por aqui.
Muita coisa boa tem acontecido, muita gente legal tem entrado na minha vida.
E ainda tanta coisa tem pra mudar, crescer, cores novas nas paredes...
O poema de hoje foi feito em parceria, tudo bem que a minha “parceria” se faz apenas com duas ou três frases do poema todo mas...
Levando em conta que a idéia inicial era fazer um Haikai.
O dono da parceria foi Viny, gente boa demais Vinicius, amigo meu do Rio de Janeiro.
(aquele cara que que fez o CD novo da Ivete Sangalo vazar na net.. rs)
Mas, enfim é isso, logo eu volto pra falar das outras tantas coisas que merecem ser ditas por aqui, por enquanto é isso..
PS: Vinysus (rs) valeu pela parceria garoto!
JANELA
A noite que arde em mim
É muito longa
As horas escorrem tremulas
Pelas curvas do Relógio,
lentamente,infinitamente...
Da janela vejo a lua refletir,
É tão real, que chego a ouvir sua voz
Brinco com seus sonhos, faço parte deles
Talvez porque também sejam eles os meus
As certezas não são tão claras
e as cores bailam perdidas sobre a luz negra
Dois espaços que se encontram calmos
Sonhamos juntos, a lua e eu
Queria ser a sua estrela,
Pra compor no céu a mais bela melodia
Enquanto esperamos juntos o amanhecer
Amanheceu,
O sol atravessa o vidro
vem tocar meu corpo inerte
Passo o dia a espera de ti, noite
lua, sonho meu...
-> Beijos pra quem for de beijo e abraço pra quem for de abraÇO!
Ah, tudo anda tão colorido por aqui.
Muita coisa boa tem acontecido, muita gente legal tem entrado na minha vida.
E ainda tanta coisa tem pra mudar, crescer, cores novas nas paredes...
O poema de hoje foi feito em parceria, tudo bem que a minha “parceria” se faz apenas com duas ou três frases do poema todo mas...
Levando em conta que a idéia inicial era fazer um Haikai.
O dono da parceria foi Viny, gente boa demais Vinicius, amigo meu do Rio de Janeiro.
(aquele cara que que fez o CD novo da Ivete Sangalo vazar na net.. rs)
Mas, enfim é isso, logo eu volto pra falar das outras tantas coisas que merecem ser ditas por aqui, por enquanto é isso..
PS: Vinysus (rs) valeu pela parceria garoto!
JANELA
A noite que arde em mim
É muito longa
As horas escorrem tremulas
Pelas curvas do Relógio,
lentamente,infinitamente...
Da janela vejo a lua refletir,
É tão real, que chego a ouvir sua voz
Brinco com seus sonhos, faço parte deles
Talvez porque também sejam eles os meus
As certezas não são tão claras
e as cores bailam perdidas sobre a luz negra
Dois espaços que se encontram calmos
Sonhamos juntos, a lua e eu
Queria ser a sua estrela,
Pra compor no céu a mais bela melodia
Enquanto esperamos juntos o amanhecer
Amanheceu,
O sol atravessa o vidro
vem tocar meu corpo inerte
Passo o dia a espera de ti, noite
lua, sonho meu...
-> Beijos pra quem for de beijo e abraço pra quem for de abraÇO!
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